quinta-feira, 19 de abril de 2012

TERMINEI HOJE...

Este díptico tem 0.80m de altura por 1.60m de largura, e é composto de duas telas que podem ser adquiridas separadamente. Faz parte da série:"IMPROVÁVEL PRIMAVERA".
VERNISSAGE RESTAURANTE
& GALERIA DE ARTE
RUA K – N° 110 – ALTO PENEDO
PENEDO/ ITATIAIA – RJ
Fg46@bol.com.br
Reservas somente pelos telefones:
(24) 3351-1058 – 3351-1627
com a Srta. Adriana
nos horários de funcionamento do Vernissage

quarta-feira, 11 de abril de 2012

DIÁLOGOS SURTADOS : TONINHO CARÊME


DIÁLOGOS SURTADOS:
TONINHO CARÊME

“O PRÍNCIPE DOS COZINHEIROS ...O COZINHEIRO DO PRÍNCIPE!
FG. - Sr. Toninho Carême, como foi parar no Brasil ?
TC. – Vou tentar resumir: era no tempo do Rei... Fui criado por um tio que era ourives de Luis XVI. Quando as cabeças rolaram na França fugimos para Portugal onde meu tio foi trabalhar para a corte portuguesa. Ali, conheceu Bárbara dos Prazeres, uma mulher belíssima que compartilhava seu leito, também, com o Príncipe Regente D. João. Quando Dona Carlota Joaquina soube do caso do Príncipe com Bárbara, despachou-a para a colônia. Meu tio, apaixonado por Bárbara, embarcou com ela rumo ao desconhecido Brasil. Apreensivo comigo ele criou uma pequena peça de prata que prendeu ao meu pescoço, recomendando que jamais a perdesse pois ali estava minha origem...
FG. – Foram para o Rio ?TC. – Sim...Conseguimos um sobrado bem no centro. Eu e meu tio fazíamos biscates... Entretanto, o calor e os homens do Brasil enlouqueceram Bárbara... Nossa casa era um entra e sai dos mais estranhos elementos e, por causa disso, presenciei muitas discussões do meu tio com ela. Uma madrugada acordei com Bárbara aos berros e vi uma cena terrível: na cama, sobre o lençol branco, meu tio jazia dentro de uma poça de sangue... Bárbara gritava que um cigano lhe enterrara um punhal na nuca...
FG. – E você ?!
TC. – Fiquei petrificado!... Estava só, com uma louca, e num país estranho! Passei a limpar urinóis e servir bebidas a cafetões, traficantes de escravos e bandidos. Consumida pela sífilis, pelo álcool e pelo sexo desvairado, sua beleza agora era um rascunho sob a maquilagem mal rebocada em sua face cada dia mais apavorante. Envolvia-se com feiticeiros africanos e, uma noite, num ritual de feitiçaria, tentou sacrificar-me para banhar-se com meu sangue. Urrava que queria minha juventude e beleza para ela... Apavorado saltei pela janela e corri às cegas pelas ruelas escuras do Rio até esbarrar num bando de negros que também fugiam... Entre eles estava uma conhecida minha, a escrava Isaura, que agarrou minha mão e me arrastou consigo...FG. – Não me diga que era a escrava Isaura da novela que até hoje é sucesso na China!...TC. – Ela mesma... Filha de Mãe Benta, nossa vizinha, escrava alforriada, famosa por seus quitutes, e de um rico traficante de negros que acabou devorado pelos índios que caçava. Isaura, da minha idade, fugia da sua Sinhá que morria de ciúmes dela com seu marido, D. Leôncio.Dormimos no meio do mato e ao raiar o sol fomos para o Quilombo do Céu, no Alto do Leblon. Ali, escravos fugidos, índios, piratas e desterrados como eu se uniam em solidária cumplicidade. O Major Vidigal nos protegia, para tirar algumas vantagens. Isaura tornou-se a cozinheira do quilombo e eu, seu ajudante. Aprendi os segredos da comida dos piratas, dos índios e dos africanos...FG. – E Dom Leôncio, desistiu da escrava Isaura ?!
TC. –Às vezes eu ia com Isaura até a praia e ele aparecia montado num baio e ficavam conversando perto do mar... Eu ficava por ali, fazendo castelos de areia... Ele me atirava um patacão e me chamava de artista...
FG. – E ai ?!TC. - Uma noite ele a levou consigo no baio...
FG: Que tristeza!
TC. – Qual o que! Um dia Isaura foi me buscar... A esposa de D. Leôncio tinha morrido e a escrava Isaura agora era
Sinhá Dona Isaura!FG.- Que maravilha !
TC. – Mãe Benta reinava em sua cozinha... Eu, logo, fui promovido a seu ajudante direto. Com ela e, então, com Dona Isaura, adicionei ao meu conhecimento da comida quilombola os segredos da cozinha portuguesa...
FG. – Porque o senhor voltou para a França ?
TC. – Com a chegada da corte em 1808 houve um grande tumulto no Rio de Janeiro... Pessoas abastadas tinham que abandonar seus lares...FG. – Suas casas eram requisitadas para os nobres... Mas, como o senhor participou do almoço da chegada da família Real ?
TC.- Os cozinheiros que vieram de Portugal estavam em frangalhos: com ressaca, piolhos e uma terrível disenteria! Então, por sua fama, a equipe de cozinheiros de Dom Leôncio, comandada por Dona Isaura e chefiada por Mãe Benta, foi requisitada para fazer o almoço da chegada da Real família...FG. - Cozinhar para a Corte!...
TC. –Um sonho!... D. Isaura permitiu que eu preparasse a recepção. Utilizei o que tínhamos de mais original e típico: gaiolas com periquitos e outros pássaros coloridos pendiam do teto e presas nelas peneiras de bambu sustentavam deliciosos bocados. Cornucópias de palha da Costa, tecidas em complicados nós, resguardavam deliciosos assados. Folhas de bananeiras trançadas com helicônias se imiscuíam aos guisados em cerâmicas indígenas, entre orquídeas silvestres e cocos verdes talhados como brancas flores úmidas. Pelo chão, ervas aromáticas e especiarias exóticas espargiam deliciosas fragrâncias quando pisadas pelos pés da Real Parentalha. Tudo iluminado com velas, tocheiros e lampiões...FG. – E o menu ?!
TC. – Com os conhecimentos que adquiri da comida quilombola e indígena, e com a maestria de Isaura e Dona Benta, preparamos um cardápio rico em comidas exóticas, utilizando o que havia de melhor na Terra Brasillis .
Já lhe mostro... ENTRADAS
CONSOMÊ DE CAÇAS COM CROÛTONS DE PÃO-DE-MILHO
PASSARINHADA À SARCOFAGE (EMPANADA NO OVO E CASTANHA DE CAJU)
CREME DE QUIABO COM CAMARÃO SECO E BROA DE FEIJÃO FRADINHO
FAVAS SELVAGENS AO LEITE DE COCO COM TORRESMOS DE PORCO DO MATO
TARTARUGA GUISADA AO MOLHO PICANTE
SERVIDA EM SEU PRÓPRIO CASCO
CREPES DE GOMA DE MANDIOCA RECHEADAS COM SIRI DESFIADO
BOBÓ DE LAMBARIS
AO CREME DE LEITE DE CABRA ÁCIDO
PRATOS PRINCIPAIS
- CAÇAS ASSADAS, COM FAROFA DE MILHO E FAVA SELVAGEM:
PORCO-DO-MATO, CAPIVARA, VEADO E MACACO BARRIGUDO
- MARRECA CABOCLA RECHEADA DE FRUTAS CÍTRICAS
- JACU TENRO COM AGRIÃO REFOGADO E BIJU DE MANDIOCA BRAVA
- COXA DE VEADO CAMPEIRO AO FORNO, COM CARÁ E MELADO DE RAPADURA
- ESCALOPES DE CAUDA DE TEIU COM PURÊ DE TAIOBA
- CARNE-DE-SOL DE CAITITÉ REFOGADA COM ABÓBORA MENINA NO DENDÊ
-ENSOPADO DE CAUDA DE JACARÉ COM COUVE DESFIADA E PITUS DE ÁGUA DOCE
SOBREMESAS
- QUINDINS
- COCADAS
- PASTÉIS-DE-NATA
- RAPADURA COM AMENDOINS TORRADOS
- PÃEZINHOS DE AMENDOIM E GENGIBRE
- MÃE-BENTA: BOLINHO DOURADO DE FUBÁ DE ARROZ, COCO RALADO, AÇUCAR, MANTEIGA E OVOS
FRUTAS TROPICAIS CARAMELIZADAS COM ESPECIARIAS
D.Isaura e D.Leôncio tiveram a honra de sentar-se à mesa ao lado do Príncipe e de Dona Carlota Joaquina. D. Maria, a Rainha Mãe, permaneceu no barco descansando. Os demais Parentes Reais espalharam-se à volta deles.Todos observavam, extasiados e espantados, aquele criativo cenário dramaticamente teatral...
FG. – Um delírio tropical...TC. – Tudo perfeito até que fui convocado a receber os cumprimentos por meu trabalho...
FG.- E Dona Carlota Joaquina ao ver aquele jovem e belo garanhão,
robusto, vibrante, e bronzeado pelo sol do Rio ?!TC. - (Rindo) Sua khundalini ascendeu até a tiara de diamantes que malogradamente tentava disfarçar um turbante amarrado no topo de sua Real cabeça raspada por causa dos piolhos adquiridos na viagem. Seu olhar vesgo e lascivo me encarou e sua energia voluptuosa chocou-se com minha aura. Era uma mulher muito feia e com um sorriso amargo. Ordenou, com ar insinuante, que eu me aproximasse... Grunhiu, numa voz fanhosa e aguda a espargir perdigotos ácidos, mesclando espanhol com português, palavras que não entendi... Gelado, percebi nesse momento que meu destino novamente iria mudar. Fugi dela, como o diabo foge da cruz. Seu amor rejeitado se transformou em ódio...
FG. - ... E seu desejo frustrado clamou por vingança!
TC. - Usando como justificativa eu ter sido criado de Bárbara dos Prazeres - ex-amante de D. João - rogou ao Príncipe que me mandasse de volta para Portugal...FG. – E D.Leôncio não interveio?
TC. – De nada adiantaram os rogos de D.Leôncio e Dona Isaura... Além do mais, eu estava excitadíssimo com a idéia de voltar para a Europa...FG. – E a viagem ?
TC. –Foi tranqüila até cruzarmos os trópicos, onde fomos atacados por piratas do Caribe... Arrastaram-me para o seu navio e já estavam prestes a me atirar ao mar quando um dos corsários me reconheceu e gritou: “Não alimentem os tubarões com o melhor cozinheiro do Brasil !” Olhei para a voz e, sob a venda em meus olhos, vislumbrei um velho amigo do Quilombo do Céu, fora ele quem me havia ensinado os segredos da comida dos piratas. Foi minha salvação: por causa disso libertaram o navio português. Eu, no comando da cozinha dos piratas, segui com eles para a França... Ao chegarmos em Marselha meus amigos piratas me presentearam com uma pequena fortuna em ouro, jóias e pedras preciosas. Assim, fui para Paris e aluguei um belo quarto numa pensão perto da Notre-Dame. Consegui logo emprego numa boa taberna...FG. - E ficou famoso por causa do exotismo de sua culinária... Aí, então, começa o capítulo mais feliz de sua história...
TC. – Sim, no dia em que bateu à minha porta um grande cozinheiro: Antonin Carême! - Ansioso por conhecer essa excêntrica figura vinda do longínquo Brasil.Sentimos que havia uma afinidade em nossos genes que nos aproximava em agradável aura de afeto e carinho e ao conversarmos, constatamos tantas coincidências em nossas vidas que resolvi, pela primeira vez, abrir o tubo de prata que meu padrasto me prendera ao pescoço, quando fugimos da França. Num pergaminho bem conservado estava documentada a minha origem, que nos surpreendeu violenta e agradavelmente: éramos irmãos! Ele Marie-Antoine Carême, apelidado Antonin Carême, eu, Antoine-Marie Carême, Toninho Carême. Nos abraçamos emocionados com a feliz surpresa! Brotou, então, uma profunda e fraternal amizade que nos conduziu às cozinhas mais importantes da Europa e a uma cumplicidade criativa que muito enriqueceu a culinária. Juntos trabalhamos pela Europa, Inglaterra e Rússia! Nossos laços familiares era um segredo que guardávamos conosco... Escrevemos livros de gastronomia e eu o ajudava a criar suas famosas “Piéces Montées”. Desenvolvemos molhos e reduções... Revolucionamos a culinária! Ele brilhava nos salões e eu me esbaldava nas cozinhas... Foi a melhor época de minha vida!
FG. – Mas Antonin Carême morreu muito jovem, aos 49 anos...TC. –Sua partida deixou-me com terrível depressão. Preparava-me para voltar para o Brasil quando fui chamado à casa de Mme. Betty de Rothschild que, grande amiga de Antonin, era a única que compartilhava do nosso segredo. Sabedora do meu desespero pediu-me que preparasse um jantar para seus amigos da América, os Rockfeller. Ao final da recepção Mme. Betty me apresenta a eles como irmão e braço direito de Antonin Carême, o Rei dos Cozinheiros! Os Rockfeller vislumbraram logo uma maneira de conquistar, pela boca, a alta sociedade americana. Ofereceram-me uma irrecusável proposta de trabalho e, com a ânsia de me afastar de Paris, embarquei com eles para a América...Terminei meus dias confortavelmente em Nova York, onde, um dia, recebi a visita de Dona Isaura e Dom Leôncio...Afinal, tudo poderia acontecer... Era no tempo do Rei!

Para Ruy Castro, que nos deliciou com o saboroso “Era no tempo do Rei – Um romance da chegada da Corte”, da Ed. Alfaguara.
Também para Antonin Carême que, com tanto talento, é difícil acreditar que tenha sido uma só pessoa .


VERNISSAGE RESTAURANTE
& GALERIA DE ARTE
RUA K – N° 110 – ALTO PENEDO
PENEDO/ ITATIAIA – RJ
Fg46@bol.com.br
Reservas com a Srta. Adriana
nos horários de funcionamento do Vernissage,
somente pelos telefones:
(24) 3351-1058 – 3351-1627

segunda-feira, 2 de abril de 2012

VOCÊ PRECISA DE UM AMANTE!

Psicodramatista, escritor argentino e Gestalt-terapeuta nascido em Buenos Aires em 1949 em uma família modesta no bairro da Floresta, ele se formou como médico em 1973 na Universidade de Buenos Aires, especializado em doenças mentais no serviço de ligação do hospital Pirovano, de Buenos Aires e da clínica Santa Mônica. É psicoterapeuta de casais e adultos e atualmente, seu trabalho como ajuda profissional, como ele define, é dividido entre as suas conferências de ensino terapêutico, que emite vários anos viajando pelo mundo, e da divulgação de seus livros em ferramentas terapêuticas do autor.
Quem é o seu amante?
(Jorge Bucay – Psicólogo)
"http://4.bp.blogspot.com


Amante é "alguém!" ou "algo" que nos faz "namorar a vida" e nos afasta do triste destino de "ir levando"!..

Muitas pessoas têm um amante e outras gostariam de ter um.
Há também as que não têm, e as que tinham e perderam.
Geralmente, são essas últimas que vêm ao meu consultório, para me contar que estão tristes ou que apresentam sintomas típicos de insônia, apatia, pessimismo, crises de choro, dores etc.
Elas me contam que suas vidas transcorrem de forma monótona e sem perspectivas, que trabalham apenas para sobreviver
e que não sabem como ocupar seu tempo livre.
Enfim, são várias as maneiras que elas encontram para dizer que estão simplesmente perdendo a esperança.
Antes de me contarem tudo isto, elas já haviam visitado outros consultórios, onde receberam as condolências de um diagnóstico firme: “Depressão”, além da inevitável receita do antidepressivo do momento.
Assim, após escutá-las atentamente, eu lhes digo que não precisam de nenhum antidepressivo; digo-lhes que precisam de um AMANTE!!!
É impressionante ver a expressão dos olhos delas ao receberem meu conselho.
Há as que pensam:
“Como é possível que um profissional se atreva a sugerir uma coisa dessas”?!


Há também as que, chocadas e escandalizadas, se despedem e não voltam nunca mais.
Para aquelas, porém, que decidem ficar e não fogem horrorizadas, eu explico o seguinte:
“AMANTE é aquilo que nos apaixona; é o que toma conta do nosso pensamento antes de pegarmos no sono; é também aquilo que, às vezes, nos impede de dormir.
O nosso “AMANTE ” é aquilo que nos mantém distraídos em relação ao que acontece à nossa volta.
É o que nos mostra o sentido e a motivação da vida.
Às vezes encontramos o nosso ”AMANTE” em nosso parceiro.
Também podemos encontrá-lo na pesquisa científica ou na literatura, na música, na política, no esporte, no trabalho, na necessidade de transcender espiritualmente, na boa mesa, no estudo ou no prazer obsessivo do passatempo predileto…


Enfim, é “alguém” ou“algo” que nos faz“namorar a vida” e nos afasta do triste destino de ir levando.
E o que é “ir levando”?
Ir levando é ter medo de viver. É o vigiar a forma como os outros vivem, é o se deixar dominar pela pressão, perambular por consultórios médicos, tomar remédios multicoloridos, afastar-se do que é gratificante, observar decepcionado cada ruga nova que o espelho mostra, é se aborrecer com o calor ou com o frio, com a umidade, com o sol ou com a chuva.
Ir levando é adiar a possibilidade de desfrutar o hoje, fingindo se contentar com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã.

Por favor, não se contente com “ir levando”… Seja também um amante e um protagonista DA SUA VIDA!

Acredite:
O trágico não é morrer; afinal a morte tem boa memória e nunca se esqueceu de ninguém.
O trágico é desistir de viver…
Por isso, e sem mais delongas, procure algo para amar…
A psicologia, após estudar muito sobre o tema, descobriu algo transcendental:


PARA ESTAR SATISFEITO, ATIVO E SENTIR-SE JOVEM E FELIZ, É PRECISO NAMORAR A VIDA.


Este texto, que nos transmite uma belíssima e verdadeira lição para a vida, foi mais um carinho da nossa amada amiga Nerilda, que sempre acaricia a nossa alma com seu afeto e lealdade nos ajudando a enfrentar as batalhas nesse tão insensato e maravilhoso mundo.

VERNISSAGE RESTAURANTE
& GALERIA DE ARTE
RUA K – N° 110 – ALTO PENEDO
PENEDO/ ITATIAIA – RJ
Fg46@bol.com.br
Reservas com a Srta. Adriana
nos horários de funcionamento do Vernissage,
somente pelos telefones:
(24) 3351-1058 – 3351-1627